Há uns quatro meses faleceu uma amiga e eu escrevi em algum lugar que quando morre um amigo ou uma amiga vai junto um nosso pedaço. Um pedaço de vida. Uma experiência que todos passamos em face da sucessão de vidas que vimos findar.
Este pedaço de vida que vai junto com aquele morreu não é algo que se esvai, mas uma semente que permitirá a sobrevivência de quem desapareceu fisicamente. A lembrança que fica entre nós é o que aquela representou a todos nós enquanto viveu.
É será assim que Luciana permanecerá entre nós.
Eu nem me lembro há quanto tempo Aluizio e Luciana casaram. Lembro-me ser bem criança. Lembro-me da parentela subindo a serra, mas nem todos se aventurando em face das dificuldades de vencer a distância entre Morretes e Curitiba. E as “tias” começaram a perguntar quem era aquela tedesca com jeitão italianado, falando e rindo alto.
Sempre brinquei que Aluizio e Luciana saíam para a balada eu me transforma
Falar de Luciana é falar de Aluízio e vice versa. Dois primos mais que primos, dois irmãos mais velhos. Quanta coisa teria que contar destes dois e são estas lembranças que farão com que Luciana permaneça presente entre nós que ficamos por aqui.
Luciana tinha muita admiração pela minha mãe. Em 1996 uma escola de Morretes recebeu o nome da minha mãe e as minhas irmãs pediram que eu escrevesse um texto e no dia da cerimônia eu teria que ler o texto. Achei que não conseguiria. Pedi para ela que lesse o texto. Ou melhor, que chorasse por mim. Ela chorou por mim.
Seria muito bom se pudéssemos retroceder no tempo para reviver os momentos bons que vivemos. Aluízio e Luciana são mais que primos, são os meus irmãos mais velhos. Esta presença de Luciana impede-me que me despeça dela. E é isto, tenho a certeza, que marcará a presença de Luciana em Morretes.
Prima, você está por aqui...
Um comentário:
Ela sempre foi minha maior fã... Não sei o que fazer sem ela por perto...
Escrevi tb Mauro, sua sempre,
Piota
Postar um comentário